Trauma de perda

Há quem permaneça sempre no mesmo lugar, mesmo que esteja insatisfeito, mesmo que sofra algum tipo de prejuízo, e até mesmo quando existem outras possibilidades de escolha.

Há pessoas que passam anos em um relacionamento ruim e submetem-se a humilhações e privações, e mesmo assim, fazem de tudo para que o parceiro(a) não vá embora. Essas pessoas podem sofrer de trauma de perda.

O trauma de perda possui sua origem na infância, momento em que se necessita da presença, segurança e proteção por parte dos cuidadores, principalmente, os pais. Ele pode ocorrer quando os pais apresentam constante instabilidade na relação familiar, com episódios de ausência, seja por morte, separação ou por algum outro tipo de abandono. A criança percebe-se abandonada, desprotegida e insegura.

O trauma de perda pode ser caracterizado pela aflição, sentimentos de culpa, medo, vazio e desamparo, por uma possibilidade real ou simplesmente pelo fato de pensar na eventual partida do parceiro(a).  Essas pessoas permanecem em constante estado de ansiedade e angústia, e com isso, podem desenvolver uma série de doenças físicas.

Quando se trata de trauma de perda, a permanência em relacionamentos ruins ou de total submissão, por vezes em uma relação destrutiva, não se deve à permanência devido a ganhos secundários, tais como reconhecimento social, fator financeiro, religião e crenças. Deve-se, sim, à evitação das sensações e sentimentos que são disparados, semelhantes aos experimentados na situação traumática de abandono que ocorreu nas primeiras fases da vida.

Outra característica que aponta para o trauma de perda é a dificuldade de superação da morte de pessoas queridas. Lutos que nunca findam e que duram anos, com grande dificuldade de retomar a vida, desencadeando estado depressivo prolongado e causando prejuízos de todos os tipos.

Em alguns, a experiência do trauma de perda gerará comportamento de evitação. Nestes casos, haverá um fechamento para novos relacionamentos, até mesmo de amizades, devido ao medo de ter que passar outra vez pelo sofrimento da perda.

Apesar das perdas, a vida é bela! É possível tratar os traumas de perda para que seja possível se permitir novas experiências e experimentar das alegrias possíveis nesta vida.

 

Eriberto Lemos
CRP: 04/37251
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