Entendendo dificuldades nos relacionamentos

Quando se trata de relacionamentos, seja de amizade ou de cunho amoroso, algumas pessoas se portam de modo submisso, enquanto outras evitam totalmente relacionamentos íntimos.

Por outro lado, há aquelas que se relacionam de forma emocionalmente exigente. Essas são algumas das dificuldades mais comuns que ocorrem nos relacionamentos, relacionadas ao excesso de submissão, evitação e exigências emocionais.

As pessoas submissas abrem mão das próprias necessidades, têm dificuldade de dizer não, são exageradamente solícitas aos pedidos que lhe são feitos. Em consequência disso, sofrem perdas de todas as formas, de tempo para si, de cuidado com a saúde e até mesmo de prejuízos materiais. São tomadas por uma espécie de compulsão para agradar. Agindo assim, acham que ganharão reconhecimento, amor e fidelidade.Trazem consigo um sentimento de culpa, mesmo sabendo racionalmente que tal sentimento não faz sentido.

Pessoas com este perfil são vítimas fáceis de oportunistas e manipuladores. Geralmente, entram e têm dificuldade de sair de relacionamentos abusivos. Tendem a escolher parceiros que não atendem às suas necessidades emocionais.

Por outro lado, há os que evitam os relacionamentos íntimos e tentam de forma constante não entrar em contato com seus sentimentos excessivos de carência, de atenção e cuidado. Frente à possibilidade de relacionar-se de forma mais íntima, seja em relação de amizade e principalmente nas relações de cunho amoroso, encontram mil defeitos, criam empecilhos, tudo para evitar entrar em contato com suas carências excessivas, medo de perder o controle e sofrer.

Estes tipos de pessoas relacionam-se de forma superficial, tornam-se isoladas, são desconfiadas, possuem dificuldade de desenvolver relacionamentos íntimos, seja de amizade ou amorosos.
As pessoas emocionalmente exigentes são aquelas que excessivamente cobram atenção, sofrem por pequenos momentos de separação, estão sempre avaliando e medindo o amor e a atenção que recebem. São excessivamente ciumentas, não dão conta de dividir a atenção daqueles com quem se relacionam.

Nas relações, tornam-se cansativos pelo excesso de cobranças, e seus comportamentos de exigência contribuem para que as pessoas amadas se afastem, desgastando, e por vezes, destruindo os relacionamentos.

Você acha que há algo em comum entre as pessoas que se relacionam de maneira submissa, evitativa e emocionalmente exigente? Pode não parecer, mas há. O ponto convergente entre estes três tipos de dificuldades está na causa. Nada é por acaso, tudo há uma razão de ser.

Quem apresenta uma destas dificuldades nos relacionamentos são pessoas que durante a infância foram privadas parcialmente ou de todas as necessidades a seguir:

  • Cuidados: falta de atenção, afeto, carinho ou companheirismo.
  • Empatia: falta de escuta, de compreensão, de uma postura aberta ou de compartilhamento de sentimentos.
  • Proteção: falta de força, direção ou orientação.

Estas pessoas se relacionam baseadas em experiências antigas da infância, e possuem mecanismos de funcionamento automático e inconsciente. Por isso, por mais que se esforcem, não conseguem realizar mudanças consistentes na forma de se relacionar. Para que seja possível uma modificação relevante e permanente, é necessário o acesso e a realização de intervenções nos conteúdos das vivências infantis.

 

Eriberto Lemos
CRP: 04/37251
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Referência
YOUNG, JEFFREY E. Terapia do esquema: Guia de técnicas Cognitivo – Comportamental inovadoras. Artmed, 2008.